DPOC – Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
A DPOC é uma doença inflamatória crônica que acomete, principalmente, as pequenas vias aéreas, os bronquíolos terminais e respiratórios, causando obstrução desses pequenos tubos. O ar entra, no corpo, mas tem dificuldade para sair e a cada respiração, o corpo “armazena” um pouco de ar, prejudicando cada vez mais a respiração.
Vale saber que essa obstrução ocorre gradativamente ao longo do tempo, por isso é chamada de crônica. Além disso, quando acontece esse processo o caso é irreversível, ou seja, os bronquíolos e alvéolos que foram danificados não serão regenerados com o tempo e como o pulmão é um órgão com elevada reserva funcional, demora para o paciente apresentar os sintomas.
Vale saber que a DPOC é mais grave do que as pessoas imaginam. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que a DPOC é a terceira causa de morte no mundo. No Brasil ela está entre as cinco primeiras causas de morte, perdendo para doenças cardiovasculares e cânceres.
Como acontece a respiração?
Quando a pessoa puxa o ar na inspiração, ele entra em uma tubulação complexa. A parte inicial tem tubos grandes e com calibre maior, como a traqueia e os brônquios. Passando por eles, o ar vai para os tubos mais finos, chamados de bronquíolos, e desses chega até pequenos saquinhos chamados de alvéolos. É nos alvéolos que o oxigênio, que entrou na inspiração, vai para o sangue sendo trocado pelo gás carbônico. O gás carbônico que está no sangue vai para os alvéolos, volta para os bronquíolos, passa pelos brônquios, chega na traqueia e sai na expiração.
Existem algumas doenças que podem afetar a respiração, como a bronquite crônica que é uma inflamação crônica dos brônquios e responsável pode causar a tosse do tabagista. Isso acontece, pois os brônquios ficam inflamados, a secreção aumenta e o paciente tosse com catarro, principalmente pela manhã. É válido afirmar que as pessoas que fumam e que tem tosse por pelo menos três meses seguidos, por dois anos consecutivos, apresentam bronquite crônica.
O enfisema pulmonar também é um problema causado pelo cigarro e que causa destruição do parênquima pulmonar, ou seja, a região dos alvéolos. O pulmão tem muita reserva funcional, então para que o paciente tenha falta de ar, devido ao enfisema, a destruição deverá no pulmão deverá ser muito grande.
Sintomas de DPOC
- Falta de ar: no início do quadro, o paciente sente falta de ar aos esforços mais intensos como subir ladeiras ou escadas. Progressivamente, ao longo de anos, pode evoluir para falta de ar aos mínimos esforços, como se trocar e tomar banho até chegar no extremo do paciente sentir falta de ar em repouso, nos casos mais graves.;
- Chiado no peito: barulho bem fininho que ocorre quando a pessoa inspira ou expira;
- Tosse crônica por mais de 8 semanas.
Outra característica importante é que, geralmente, esses sintomas são insidiosos e vão piorando ao longo do tempo, principalmente se a exposição ao agente tóxico inalante continuar. Nesse período longo de evolução é muito comum a pessoa com DPOC ter uma infecção viral ou bacteriana e isso causar crises agudas, chamadas de exacerbações da doença – caracterizadas pela piora abrupta dos sintomas existentes, como tosse, aumento da secreção pulmonar e falta de ar. Também podem ocorrer febre, dor e chiado no peito.
O que causa o DPOC?
Para maioria das pessoas com DPOC, o cigarro é o principal fator para a doença. Isso porque, normalmente, o DPOC acomete fumantes com mais de 65 anos, e que fumaram bastante na vida, mais de um maço por dia, durante 20 anos.
Além do cigarro, a exposição às fumaças tóxicas, como poeiras ocupacionais e uso prolongado do fogão a lenha dentro de casa também podem causar, embora esses casos sejam menos frequentes.
Diagnóstico e tratamento
É importante que a pessoa que fuma e que possui os sintomas listados busque ajuda de um médico para realizar avaliação com exame físico e um exame complementar, chamado de Prova de Função Pulmonar. Ele vai caracterizar o problema obstrutivo sugestivo de DPOC.
Após o diagnóstico é essencial iniciar o tratamento e a principal medida é parar de fumar. O tratamento farmacológico tem como objetivo o alívio dos sintomas. Saiba que os broncodilatadores de longa duração (as bombinhas) com ou sem corticoide inalatório são os principais medicamentos para o paciente evoluir os sintomas.
Já, durante as crises, pode ser necessário o uso de outros medicamentos e oxigênio, além de suporte ventilatório não invasivo e invasivo nos casos mais graves. Nestes casos, busque ajuda de um Clínico Geral ou Pneumologista.
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