Câncer de endométrio: quando a mulher deve suspeitar?
O câncer de endométrio é uma condição que afeta o revestimento interno do útero, conhecido como endométrio. Este tipo de câncer é mais comum em mulheres na pós-menopausa, embora também possa afetar mulheres mais jovens.
É o sexto tipo mais comum de câncer entre as mulheres em todo o mundo. Por isso, neste texto exploraremos os aspectos fundamentais do câncer de endométrio. O objetivo é aumentar a conscientização sobre essa condição e promover uma melhor compreensão sobre como ela afeta a saúde feminina.
O que é câncer de endométrio?
A menstruação é um processo que acontece em mulheres em idade fértil. Ela é a descamação das paredes internas do útero que saem pela vagina na forma de sangramento. Essa camada interna do útero é o endométrio.
Em torno dos 50 anos, a mulher para de ter essa descamação e consequentemente para de menstruar. O nome dado a isso é menopausa. Após um ano sem sangramento, existe a certeza de qual foi a data da última menstruação e concluir que a mulher está na menopausa.
Os sangramentos após a menopausa não são normais e devem ser investigados pelo Ginecologista. Felizmente, nem sempre o sangramento significa que você tem um câncer, principalmente se ele ocorrer em pequena quantidade. Mas fique atenta! Só o seu médico pode avaliar se este sangramento pode ser um problema ou não.
Diferente dos outros cânceres ginecológicos, o câncer de endométrio dá sinais de sua existência precocemente. O principal sinal é exatamente o sangramento após a menopausa.
Quais os fatores de risco para o câncer de endométrio?
Primeiro: sobrepeso e obesidade. Na gordura, alguns hormônios são transformados em estrogênio, um hormônio que estimula o crescimento do endométrio. Por isso, quanto mais gordura corporal, maior a produção de estrogênio, que estimula o crescimento do endométrio e aumenta o risco desse tipo de câncer.
Segundo: uso da medicação tamoxifeno. Esta medicação é usada para tratar pacientes com câncer de mama e também aumenta o risco para câncer de endométrio.
Terceiro: Mulheres que fazem reposição de hormônio para tratar sintomas como calores, secura vaginal ou osteoporose com estrogênios devem utilizar o hormônio progesterona, que protege o endométrio.
Quarto: síndrome dos ovários policísticos não tratados. Algumas mulheres podem não ovular e uma das causas pode ser a síndrome dos ovários policísticos. Nesta situação, há apenas a produção de estrogênio e não de progesterona.
Em qualquer situação que a mulher tenha ação do hormônio estrogênio sem a proteção da progesterona no útero, aumenta o risco de câncer de endométrio.
Quinto: genético. Mulheres com familiares com câncer de intestino e câncer de endométrio devem ficar atentas. Isso porque existe risco maior de câncer de endométrio inclusive em idades com menos de 50 anos.
Portanto, fique atenta se acontecerem sangramentos após a menopausa ou se você tiver sangramentos anormais mesmo entre as menstruações. Estas situações requerem avaliação médica.
Se você tiver algum sangramento fora do normal, fale com seu médico. Ele fará algumas perguntas e em seguida fará o exame ginecológico.
Como detectar câncer de endométrio?
O exame ginecológico consiste em colocar um pequeno aparelho plástico ou metálico dentro da vagina para separar as paredes, poder enxergar o colo uterino e identificar de onde vem o sangramento. Após esta avaliação o médico pode pedir alguns exames, como ultrassom e uma biópsia do endométrio.
A biópsia é simples e feita no consultório médico. Este exame pode trazer um pouco de desconforto, semelhante à coleta no exame de Papanicolau. É colocado um pequeno caninho plástico dentro da vagina acoplado a uma seringa que chega até o endométrio e dessa forma, por aspiração, é feita a biópsia.
Tratamento
Existem várias possibilidades de tratamento como cirurgia, quimioterapia , radioterapia a depender do nome do tumor e da extensão da doença no momento do diagnóstico.
Uma informação muito importante é que se o câncer for diagnosticado no começo, os estudos mostram que a chance de cura é maior que 95%.
Por isso, se você começou a sangrar após a menopausa ou tem sangramentos entre as menstruações, não hesite em procurar seu médico de preferência um ginecologista para uma melhor avaliação.
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