Exame papanicolau: o que é, como é feito e para que serve?

O exame de Papanicolau, também conhecido como colpocitologia oncótica, é um procedimento essencial para a detecção precoce do câncer do colo do útero. Sua realização regular é fundamental para prevenir e tratar a doença em estágios iniciais, aumentando significativamente as chances de cura.

Importância do exame de papanicolau

Existem três principais motivos que tornam o exame de Papanicolau essencial:

  • Alta frequência do câncer do colo do útero: é o terceiro tipo de câncer mais comum entre as mulheres, com estimativas superiores a 16 mil novos casos por ano;
  • Ausência de sintomas iniciais: nos estágios iniciais, a doença não apresenta sintomas, tornando-se imperativo a realização do exame para identificação precoce;
  • Altas taxas de cura: quando identificado precocemente, o tratamento pode envolver apenas o acompanhamento ou a remoção de uma pequena parte do colo do útero, com êxito significativo. Nos casos avançados, pode ser necessária a retirada total do útero, além de terapias complementares, como quimioterapia e radioterapia.

Como o exame de papanicolau é feito?

Durante o exame, a paciente é posicionada de forma ginecológica, e um espéculo é introduzido na região vaginal. Esse dispositivo permite afastar as paredes vaginais para melhor visualização do colo do útero. Em seguida, utiliza-se uma escova para coletar células da região interna e uma espátula para a coleta da parte externa e da mucosa vaginal.

As células coletadas são armazenadas em um recipiente com líquido conservante ou em uma lâmina para análise microscópica por um patologista, que emite um relatório com os resultados.

Possíveis resultados do exame

Os resultados podem ser classificados da seguinte forma:

  • Normal ou sem malignidade: indica que não foram encontradas alterações celulares preocupantes;
  • Alterado ou suspeito: pode incluir termos como “células atípicas escamosas”, “lesão intraepitelial escamosa de baixo ou alto grau”, “adenocarcinoma”, entre outros.

É importante ressaltar que nem todas as alterações indicam câncer. Muitas delas são inflamatórias ou representam lesões pré-cancerosas, exigindo acompanhamento ou exames complementares, como pesquisa de HPV e colposcopia.

Quem deve realizar o exame?

As recomendações para a realização do exame variam de acordo com cada país. No Brasil, ele é indicado para mulheres entre 25 e 64 anos que já iniciaram a vida sexual. A periodicidade sugerida é anual nos primeiros exames, podendo ser espaçada para a cada três anos caso os resultados anteriores sejam normais.

A interrupção do exame pode ser considerada após os 65 anos, desde que os exames anteriores tenham sido normais. No entanto, mulheres com fatores de risco, como HIV, tabagismo ou uso prolongado de corticoides, devem seguir recomendações personalizadas.

Como se preparar para o exame

Para garantir a precisão dos resultados, algumas recomendações devem ser seguidas:

  • Evitar relações sexuais, duches vaginais e o uso de cremes vaginais por pelo menos dois dias antes do exame;
  • Não estar menstruada no dia da coleta.

Prevenção através da vacina do HPV

Além do rastreamento por meio do exame de Papanicolau, a vacina contra o HPV é uma das principais formas de prevenção do câncer do colo do útero. No Brasil, a vacina é oferecida gratuitamente pelo SUS para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, em duas doses com intervalo de seis meses.

A prevenção do câncer do colo do útero depende tanto da realização periódica do exame de Papanicolau quanto da vacinação contra o HPV. Para orientação personalizada sobre a necessidade e frequência do exame, recomenda-se consultar um médico ginecologista.

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