Fratura de colo de fêmur: um problema comum e grave para idosos
A fratura de colo de fêmur é uma condição mais frequente do que se imagina e pode gerar consequências significativas na qualidade de vida dos idosos.
O fêmur é o osso longo da coxa e a porção que se articula com a pelve (ou bacia) é chamada de cabeça do fêmur. O colo do fêmur é a região que faz a ligação entre a cabeça e a parte longa do osso.
Essa área é particularmente importante porque, com o envelhecimento, o osso se torna mais frágil, aumentando o risco de fraturas. Quando ocorre a quebra nessa região, denomina-se fratura de colo de fêmur.
O que causa a fratura de colo de fêmur?
As causas de fratura de colo de fêmur variam conforme a faixa etária e a condição óssea da pessoa.
- Em jovens, para que essa fratura ocorra, é necessário um trauma de alta intensidade, como acidentes de carro, moto ou quedas de grandes alturas;
- Em idosos e grupos de risco, a situação é diferente. A fratura pode ocorrer devido a uma simples queda ou até mesmo por um movimento mais intenso da perna, devido à fragilidade óssea associada ao envelhecimento ou a doenças como a osteoporose.
Dada essa diferença no risco e na frequência entre jovens e idosos, torna-se essencial compreender quais são os grupos com maior risco de sofrer fraturas de colo de fêmur.
Grupos de risco para fatura no fêmur
Existem diversos fatores de risco para a fratura de colo de fêmur, especialmente em idosos. A seguir, destacam-se cinco dos principais fatores que aumentam as chances dessa fratura:
- Idade e sexo: mulheres têm até três vezes mais chances de fratura do que os homens. Isso ocorre devido ao aumento significativo da osteoporose após a menopausa, deixando os ossos mais frágeis com o avançar da idade;
- Enfraquecimento ósseo: condições como desnutrição, doenças intestinais que prejudicam a absorção de nutrientes, deficiência de cálcio ou vitamina D contribuem para ossos mais fracos e maior risco de fratura;
- Medicamentos: o uso prolongado de corticoides pode enfraquecer os ossos. Além disso, medicamentos sedativos, remédios controlados e anti-hipertensivos podem aumentar o risco de quedas, elevando a probabilidade de fraturas;
- Doenças que aumentam o risco de quedas: problemas como demência, Parkinson, tontura crônica, neuropatia periférica e diabetes podem comprometer o equilíbrio e a mobilidade, aumentando o risco de quedas;
- Sedentarismo: a falta de atividade física leva à perda de massa muscular, ossos mais frágeis e menor flexibilidade, fatores que contribuem diretamente para o risco de fratura.
Além desses, outros fatores como tabagismo, consumo excessivo de álcool e problemas nutricionais também elevam o risco de fratura de colo de fêmur.
Sinais de fratura de colo de fêmur após uma queda
É importante estar atento aos sinais de fratura de colo de fêmur após uma queda, principalmente em idosos. Os principais indícios são:
- Dificuldade para se levantar após a queda, mesmo com auxílio.
- Dor intensa no quadril do lado afetado, que pode apresentar inchaço e hematomas;
- Desalinhamento da perna fraturada, que pode parecer mais curta e com o pé virado para fora ao observar a pessoa deitada.
Caso esses sinais estejam presentes, é fundamental buscar atendimento em um Pronto-Socorro com urgência para uma avaliação médica adequada e início do tratamento.
Diagnóstico e tratamento da fratura de colo de fêmur
O diagnóstico da fratura de colo de fêmur é feito pela suspeita clínica e confirmado por exames de imagem, como raio X e, em alguns casos, ressonância magnética.
Tratamento cirúrgico
O tratamento padrão é a cirurgia, que pode envolver:
- Colocação de prótese para substituir a cabeça do fêmur;
- Fixação das partes fraturadas com dispositivos específicos.
O principal objetivo da cirurgia é corrigir a fratura e permitir que o paciente retome a mobilidade o mais rápido possível, iniciando o processo de reabilitação.
Importância da mobilização rápida
É essencial que o paciente não permaneça imobilizado por muito tempo. A fratura de colo de fêmur apresenta altas taxas de complicações associadas ao repouso prolongado. Quanto mais tempo na cama, maiores os riscos, incluindo:
- Trombose venosa profunda, com possibilidade de formação de coágulo que pode migrar para o pulmão, levando ao grave quadro de tromboembolismo pulmonar;
- Escaras (feridas na pele) causadas pela imobilidade;
- Pneumonias devido à falta de movimentação;
- Infecções urinárias;
- Perda de massa muscular, aumentando o risco de novas quedas.
Essas complicações reforçam a importância da intervenção precoce e do acompanhamento médico adequado para garantir uma recuperação segura e eficaz.
Prevenção da fratura de colo de fêmur
A gravidade da fratura de colo de fêmur é evidente ao considerar que metade das pessoas que sofrem essa fratura perdem a independência. Por isso, a prevenção é fundamental e envolve duas estratégias principais:
1. Reduzir o Risco de Quedas
Adotar medidas para evitar quedas no ambiente doméstico pode fazer toda a diferença. Recomenda-se:
- Remover obstáculos como móveis mal posicionados, tapetes soltos e fios no caminho;
- Melhorar a iluminação dos cômodos, especialmente em corredores e banheiros;
- Revisar medicações que possam causar tonturas ou sonolência;
- Tratar doenças que aumentam o risco de quedas, como Parkinson, neuropatia periférica e demência.
2. Fortalecer a Saúde Óssea
Manter a saúde dos ossos é essencial, especialmente para mulheres com mais de 50 anos e pessoas que fazem uso prolongado de corticoides. Para isso, é importante:
- Parar de fumar;
- Praticar exercícios físicos regularmente para fortalecer ossos e músculos;
- Garantir uma dieta rica em cálcio e vitamina D;
- Consultar um médico regularmente para avaliação da saúde óssea.
Caso ocorra uma suspeita de fratura de colo de fêmur, é fundamental buscar atendimento em um Pronto-Socorro ou consultar um ortopedista especialista em quadril.
Seguindo essas orientações, o risco de fraturas e suas complicações é significativamente reduzido.
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