Plicoma anal: o que é, causas, diagnóstico e tratamento

Plicoma anal é o nome dado a pequenos excessos de pele na borda do ânus. Também conhecidos como sobras ou dobras de pele, geralmente não causam dor e são amolecidos, sem trazer riscos graves à saúde. No entanto, podem provocar incômodo estético ou dificultar a higiene local quando são maiores.

Embora muitas vezes sejam confundidos com hemorroidas, os plicomas têm origem e tratamento diferentes. Seu reconhecimento adequado é importante para evitar erros no diagnóstico.

Principais causas do plicoma anal

Diversos fatores podem levar ao surgimento de plicomas. Entre os mais comuns, destacam-se:

  • Complicações de hemorroidas externas: quando ocorre uma trombose hemorroidária, a veia se expande e a pele ao redor acompanha esse aumento. Após a resolução da trombose, a pele que cresceu permanece no local, formando o plicoma;
  • Fissura anal: em casos crônicos, pode haver um plicoma na borda da fissura, chamado de plicoma sentinela. A fissura anal é uma rachadura provocada por evacuações endurecidas ou esforço excessivo. Mesmo com a cicatrização da fissura, o plicoma pode permanecer. Quando a cirurgia é necessária, ele é retirado junto com a fissura;
  • Pós-operatório de cirurgia de hemorroidas: após a cicatrização, é comum que a pele entre as feridas fique inchada, formando plicomas mesmo após a recuperação;
  • Sem causa definida: alguns casos não apresentam um motivo específico. São mais frequentes em mulheres, especialmente na região do ânus próxima à vagina (prega anovaginal), onde há maior tendência a sobras naturais de pele com o passar dos anos.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico do plicoma anal é clínico, realizado pelo médico proctologista em consultório. É fundamental diferenciar o plicoma de outras condições, como hemorroidas ou até tumores do canal anal.

Não existe tratamento clínico que elimine ou reduza os plicomas. O único tratamento possível é a remoção cirúrgica, indicada apenas quando há:

  • Dificuldade de higiene;
  • Prurido (coceira) persistente;
  • Incômodo estético.

A cirurgia não é obrigatória e, se o plicoma não interfere na qualidade de vida, não há necessidade de remoção. Plicomas não se transformam em outras doenças nem representam risco de complicações.

O ideal é que o diagnóstico seja sempre feito por um cirurgião do aparelho digestivo ou coloproctologista.

Veja o vídeo com a explicação da especialista: